Durante o COP Talks – evento promovido pelo Grupo Liberal, em Belém (PA), para discutir os principais temas relacionados à COP30, a gerente executiva de sustentabilidade do Banco da Amazônia, Samara Farias, afirmou que “essa é uma COP das finanças, pela necessidade de priorizar os investimentos na Amazônia”. A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas será realizada na capital paraense, de 10 a 21 de novembro de 2025.
O debate foi realizado pelo Grupo Liberal e reuniu especialistas, representantes de empresas e lideranças para discutir o papel estratégico da Amazônia nas decisões globais sobre sustentabilidade e ampliar a troca de ideias sobre a conferência.
Inclusão financeira
Reforçando o compromisso do Banco da Amazônia com os pequenos negócios e com as cadeias produtivas sustentáveis, Samara Farias também defendeu a inclusão financeira desses produtores por meio de crédito acessível.
Ela destacou, ainda, que as operações atuam como ferramenta para expandir a produção sustentável em larga escala.
“Isso é capaz de atingir milhares de agricultores familiares e gera impacto imediato na vida das comunidades”, apontou.
COP e os desafios ambientais da Amazônia
O debate foi dividido em dois painéis, “COP e os desafios ambientais da Amazônia” e “O legado da COP na Amazônia e no mundo” – com apresentação de cases de sucesso com objetivo de mostrar soluções para um futuro mais sustentável. O Banco da Amazônia participou com um case sobre sustentabilidade.
No painel “A COP e os desafios ambientais da Amazônia”, que abordou as dificuldades enfrentadas pela Região Amazônica – como desmatamento e perda da biodiversidade – além de estratégias de enfrentamento aos desafios, Farias reforçou o papel da atuação do Banco da Amazônia para o desenvolvimento regional sustentável.
Considerando os 82 anos de história da instituição, Farias pontuou a importância da realização da conferência na capital paraense e da reorientação das políticas de financiamento regional a partir do investimento cada vez mais robusto em programas sustentáveis.
“A gente precisa investir em pesquisa, inovação, tecnologia e assistência técnica para uma população que precisa ser colocada nesse debate”, disse.
O Banco da Amazônia tem como política o estímulo a projetos adaptados à realidade socioambiental da Amazônia e garante a multiplicação de resultados, segundo Farias.
“Muitos dos agricultores familiares utilizam técnicas ainda rudimentares e agressivas ao meio ambiente. A gente precisa, do grande ao pequeno, discutir técnicas mais sustentáveis e inovadoras para a agricultura”, salientou.
Na avaliação dela, a COP de Belém sinaliza quatro grandes desafios: inclusão produtiva e social nas comunidades locais, modernização da agricultura familiar, geração de renda com preservação da floresta e a construção de uma escala de produção sustentável para cadeias produtivas.
“O Banco da Amazônia acredita que enfrentar os desafios ambientais da Amazônia passa pela valorização de quem vive nela. Nosso papel é ser um agente de transformação sustentável, conectando crédito, conhecimento e esperança para um futuro das florestas e das suas comunidades”, estimou.
Infraestrutura e tecnologia do Banco da Amazônia
A representante da instituição financeira aproveitou as discussões sobre os desafios e oportunidades para a Região Amazônica para destacar que o Banco da Amazônia dispõe de parcerias, infraestrutura e tecnologia para alcançar os locais mais distantes da Amazônia.
“O Banco da Amazônia tem uma atuação concentrada na Amazônia Legal, nos sete estados da Região Norte, no Maranhão e em Mato Grosso, com uma capilaridade de 121 agências. Conseguimos atender 100% dos municípios da Amazônia Legal por conta da nossa estratégia de atuação”, afirmou.
COP Talks
O evento COP Talks do Grupo Liberal também contou com a participação do economista e professor João Arroyo, doutor em Desenvolvimento Ambiental e Meio Ambiente; o biólogo e professor Luciano Montag; o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), professor Gilmar Pereira; e a arquiteta e urbanista Taynara Gomes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Pará (CAU-PA).
Fonte: Brasil 61